Dívidas

Pelotas e Rio Grande têm recuo no número de inadimplentes

No Estado, os débitos com cartões de crédito e bancos são os mais comuns seguidos por dívidas relacionadas a contas básicas

Foto: José Cruz - Agência Brasil - Ambas as cidades têm apresentado recuo no número de endividados há três meses consecutivos

A queda no número de inadimplentes no país em dezembro foi a maior dos últimos três anos, conforme dados do Serasa. Na mesma linha, na Zona Sul, Pelotas teve uma diminuição de 1.8% no volume de pessoas que não conseguem colocar as contas em dia. Mesmo assim 32.2% da população está endividada. O que corresponde em valores a mais de R$ 542 milhões. Em Rio Grande, a redução foi semelhante, alcançando 1.3%, entretanto, o município tem uma proporção maior de endividamento com 39.6% dos moradores com pendências financeiras.

 Ambas as cidades têm apresentado recuo no número de endividados, há três meses consecutivos. O cenário de melhora de crédito, ocorre após, em agosto, Pelotas ter batido recorde de inadimplência. De acordo com o levantamento do Serasa, no Município, mais de 105 mil pessoas estão com restrição no CPF, o que em comparação com novembro significa que quase dois mil cidadãos regularizaram suas dívidas. Já o Município vizinho, acumula mais de 76 mil endividados, o que representa em valores aproximadamente de R$ 433 milhões. Em média cada dívida custa R$ 1.617,86 e cada devedor tem cerca de R$ 5.689,93 de contas atrasadas.

Em Pelotas, cada dívida gira em torno de R$ 1.659,12 e ao total cada devedor precisa quitar R$ 5.143,60 de pendências. Seguindo a tendência de queda do país, o Rio Grande do Sul apresentou um leve recuo de 1.8% de inadimplência em dezembro. No Estado, 38,73% da população têm dívidas, o que corresponde ao montante de 19,1 bilhões. O Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa aponta ainda que os débitos com bancos e cartões são os mais comuns entre os consumidores gaúchos (29,48%). As dívidas relacionadas a contas básicas, como luz, água e gás representam 19,86% das pendências e os serviços 15,94%.

Fatores relacionados ao fim de ano, como elevação nas contratações, pagamento de décimo terceiro são questões que influenciam na diminuição de inadimplência, de acordo com o professor Dr. Eduardo Tillmann da Universidade Federal do Rio Grande (Furg). "É a época em que as pessoas estão com mais renda então pagam as suas dívidas". Além disso, o economista ressalta outros agentes que contribuíram para redução de dívidas, como o recuo da taxa de juros e iniciativas de renegociação como o programa federal Desenrola.

 Além disso, os números positivos de crédito impactam diretamente na movimentação da economia, aponta Tilmann. Já que com a quitação das pendências financeiras há maior disponibilidade de recursos na iniciativa privada, culminando em maiores chances de investimento, reajuste de salários e também de novas contratações. "É uma espécie de ciclo positivo", conclui.

 Já o economista, João Carlos Madail, destaca que os consumidores devem estar atentos com as compras em cartões de crédito. "O maior inimigo dos compradores compulsivos ainda são os cartões de crédito que mesmo tendo sido regulamentados com teto de juros não superior ao total contratado, ainda continua sendo o vilão dos compradores desavisados". No país 71,1 milhões de pessoas estão endividadas.

Dados de inadimplência de dezembro 
Pelotas
- Inadimplentes: 105.409
- Dívidas: 326.788
- Valor total: R$ 542.182.070,98
- Ticket médio de dívidas por inadimplentes: R$ 5.143,60
- Ticket médio por dívida: R$ 1.659,12

Rio Grande
- Inadimplentes: 76.128
- Dívidas: 267.738
- Valor total: R$ 433.163.261,47
- Ticket médio de dívidas por inadimplentes: R$ 5.689,93
- Ticket médio por dívida: R$ 1.617,86


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